Crônica de um Natal - PART I



Crônica de um Natal - PART I

Houve uma vez uma menina muito pobre, que desejava uma boneca, e pediu em suas preces que a personalidade tão falada, de um idoso chamado Noel a trouxesse.

O que ela todavia não imaginava, era que Noel era uma lenda, quase um conto de fadas, alguém que na verdade não existia.


Um jornal, porem, faria a diferença na história.

Nele havia o artigo com o seguinte titulo na capa:“Escreva sua carta ao caridoso e muito rico papai Noel, o velhinho que vai dar muitos presentes neste natal, se você foi um bom menino(a)"

Aquele artigo... Não tinha relação com o natal, nem tão pouco era a promessa de dar presentes a ninguém.

Na verdade, era uma reportagem que utilizava o titulo do natal, a imagem do papai Noel, para amparar uma campanha contra a corrupção e a hipocrisia, contra a política.


A menina ,porem, vendo aquele titulo, não pensou duas vezes, e escreveu uma carta ao papai Noel, encontrando um meio de descobrir o endereço do jornal, para poder enviá-la, acreditando assim que a carta poderia, quem sabe, chegar ao bom velhinho.


Na redação, cerca de uma semana depois, quatro dias antes do natal, a redação, perplexa, recebia a humilde carta da menina de 8 anos, que, em sua inocência, pedia por uma boneca, que havia visto numa loja, e que tanto gostaria de ganhar.

Alem disso, pedia também por sua família, cuja mãe, muito doente, mal tinha condições de continuar trabalhando de faxineira para suprir as necessidades do lar. E para piorar, o pai, que mal conheceu, deixou a família já tinha quatro anos, deixando ela e seus três irmãos desamparados.


Todos na redação estavam sem fala...era algo inédito o que estavam vendo.


No primeiro momento pensaram ser uma brincadeira de algum leitor querendo chamar a atenção. Porem a caligrafia, a localização de origem da carta, levavam a crer que tudo era verdade.

Desta forma, sensibilizados com a o que leram, todos decidiram fazer o natal daquela família, algo jamais visto!


Para conseguir isso, um deles foi primeiro a região, para tentar sigilosamente investigar a família.Assim pode verificar que realmente moravam ali as pessoas mencionadas na carta, e que passavam por muitas dificuldades.

Assim todos eles juntaram parte de seu décimo terceiro, e no dia 25 pela manhã combinaram de ir à casa da menina, que de forma tão bucólica havia escrito para eles.


Glória, a menina da carta, estava emburrada em um canto, triste por não ter recebido o presente do bom velhinho, e ainda imaginando ser uma má menina por isso.Sua mãe, em uma tentativa de consolá-la, apenas dizia que o bom velhinho havia se atrasado, e que em breve iria chegar.Porem no fundo a mãe apenas desejava fazer a menina esquecer o assunto, não faze-la mais pensar nisso.

Mesmo assim, era doloroso para ela não poder dar aos filhos o natal que gostaria, repleto de presentes e guloseimas, com uma grande ceia.


Próximo do meio dia ela chama seus filhos que vão almoçar sem demora. Menos Glória, que ainda triste, continuava olhando a janela, enquanto via algumas crianças brincando com seus brinquedos novos.Isso era muito doloroso para ela.

Neste instante a menina se levanta, tendo em seus olhos um súbito ganho de vigor, ao mesmo tempo em que sorri intensamente, com o que estava vendo.


(CONTINUA...)

Essa foi a primeira parte de duas de uma cronica, contando a história da pequena menina. A outra parte irei colocar daqui alguns dias, pouco antes do natal. Obrigado aos passantes pelas visitas.

No próximo post irei colocar também fotos, e videos do meus projetos da faculdade, que lembrando, é CRIAÇÃO DE JOGOS DIGITAIS.

Até breve

Wendel aka Bersebah