Soul Eraser capitulo 1 - parte 2


Vivo...


O vento permanece soprando friamente, porem o cenário reflete a sensação de intenso calor, repleto de movimentação.
O único ser realmente vivo naquela cena sente seu coração palpitar, como que desejando fugir, porem seu corpo se enrijece preparado para lutar e as conseqüências que isso acarretara. Não há espaço para fuga e ele nem mesmo isso deseja, correndo em direção as criaturas sem hesitar.

Seus ataques não se limitam a espadadas, o trecho de raiva que preenche o estado total de espírito em que ele se encontra o faz atacar ferozmente com socos e pontapés precisos, e enérgicos.
A ousadia em batalha do jovem é tremenda, ao mesmo tempo em que parece ter o controle da situação seu corpo está entregue, não preocupando se muito com sua defesa.

Em sua ainda porem pouco afetada lucidez sabia que aquele momento, aquele poder misterioso que brotava nele, era limitado, como as chamas que devorando seu alimento se esvaem, por isso procurava manter isso o máximo que pudesse, sem recear o término disso, procurando se deixar entregue aquele estado, e agindo sem titubear.

Atacando as criaturas mais frágeis as mesmas são derrubadas, apesar de alguns pedaços insistirem em ainda mover se.

Outras criaturas com maiores habilidades porem dificultavam o trabalho, haviam alguns mais rápidos, outros mais fortes, e alguns armados, sem contar alguns com habilidades sobrenaturais.
Utilizando um dos pedaços de uma das criaturas maiores jogado por ali, usou o mesmo como clava atacando ao mesmo tempo em que usava a espada em sua outra mão.

Com essa clava improvisada pode também defender alguns ataques, até o pútrido pedaço por fim desfazer-se; A esse ponto restavam poucas criaturas, as mais resistentes, que por custo pode evitar mais durante a batalha, para poder concentrar-se sem interferências.

A garota do rio era uma das que mesmo com vários ataques sofridos ainda resistia, partindo com seu corpo flutuante para cima do homem lobo, lhe desferindo um ataque de gosma ácida, que pode ser evitado a custa de um ataque de espada que sofre na perna, porem sem maior profundidade, todavia a lamina maldita parecia ter alguma substancia que ao contato com a pele do jovem ardia muito.

Os olhos do garoto brilham com mais intensidade devido à sensação de dor que enaltece seus sentidos, o permitindo ter reflexos para atacar as duas criaturas simultaneamente, despedaçando o espadachim encoberto no manto ao meio eliminando sua forma fantasmagórica, que se torna cinzas. Porem a garota ainda estava de pé e haviam mais alguns outros.

A luz avermelhada da lua refletida em seus olhos não deixa ainda apagar o rastro das criaturas, que a sua frente espreitam por sangue.

O homem lobo ainda resistindo emite um ultimo sorriso e sai em investida para cima das criaturas restantes.

Sopra o vento mais uma vez, depois de sua quietude por tantos instantes indefinidos, e por fim a luta está perto de se definir, restando apenas três criaturas, entre os quais a garota flutuante, que ainda mais horrenda sem metade do corpo praticamente, ainda continua seguindo arremessando uma onda sombria que atinge o jovem garoto, fazendo o ficar um pouco atordoado, porem ainda consegue lhe decepar a cabeça e acertar golpes no corpo que cai no chão, ao mesmo tempo acerta um esqueleto próximo a ele, que se quebra, devido a seu estado estar fragilizado pelos ataques recebidos, e por fim resta um ultimo oponente, um ser fantasmagórico, que não podendo ser tocado, nem tocar, atravessa o homem lobo como que a tentar possuí-lo, porem o jovem consegue se livrar daquela entidade fazendo a mesma se desfazer.
É o fim da batalha, o estranho instinto que lhe cobria começa a cessar, seu corpo repleto de suor, e bastante ofegante se deixa cair de joelhos, próximo à garota do rio, que subitamente levanta, e tenta ataca-lo, porem ele se levanta, e destrói o corpo da mesma, e com o nervosismo do susto acerta o corpo ferozmente sem cessar, até por fim sua razão voltar e dar se conta dos restos sem ação abaixo de seus punhos. Sarcasticamente ele pega a cabeça sem vida da garota e ri, socando a mesma com bastante força.Porem algo lhe faz parar.

Havia marcas no pescoço da jovem que ele não havia feito, eram antigos e que possivelmente teriam sido a causa da morte da jovem. Ele imóvel, fica sem saber o que dizer, e por fim sente vontade de gritar, mas não o faz.
Após descansar, ele sabiamente despeja uma pequena garrafa, com símbolos de aparência religiosa como cruzes, e anjos, repleta de água benzida, para desfazer os corpos, impedindo que alguma força os impele a despertar, e ao que ele acreditava libertando as essências originais que já habitaram aqueles corpos, e que por mortes não honradas como estupros, suicídios, entre outras, acabou por prendê-los em seus corpos sem vida.

O presságio da lua parece ter se desfeito, nada mais de impuro parecia lhe espreitar o sangue, todas as criaturas pareciam ter sido destruídas. O jovem então volta até o rio e olhando-o friamente outra vez, retira suas vestes, e mergulha, subindo rapidamente em seguida, e utilizando um dos panos que guardava consigo para se secar, e os ferimentos, que apesar de sérios não apresentavam nenhum profundidade maior, sem haver nenhuma hemorragia.

Enquanto utiliza seus kit de primeiros socorros para cuidar das feridas fica pensando sobre o que estava a fazer com sua vida. Não tinha pensando na conseqüência que isso poderia lhe acarretar o prendendo a vida que tentou cessar.
Após acender uma fogueira, e armar próximo aquele lugar um pequeno acampamento o qual preenche a volta com armadilhas por segurança, ele acaba por adormecer, pensando sobre os atos que cometera, e na trágica garota, que não teve uma outra chance.
Durante a curta madrugada em que dorme tem pesadelos de estar sendo perseguido por um homem deformado, em um manto que parecia formado de sombras, a persegui-lo incessantemente e dando a impressão de quem algo deseja dizer.
Um brilho sobre si o faz perceber que já estava amanhecendo fazendo o assim recolher seus pertences e partir rumo à saída daquele cenário.

Ao chegar na saída do lugar vê caida em meio a um monte de lama, e galhos secos, uma placa que continha os dizeres ‘Floresta dos observadores’, e ao observar haver mais dizeres encobertos por lama, ele remove a mesma, observando os dizeres, que pareciam ter sido escritos com unhas, havendo manchas de sangue ‘floresta maldita,afaste-se!’.Ele solta uma sonora gargalhada, que assusta alguns pássaros por ali e diz sarcasticamente “Mais UM dia de 'sobrevivência' no INFERNO!” e continua seu caminho, sentindo a brisa do vento ,e o brilho do sol sobre sua face.


Bem aqui estamos com mais uma parte da minha história definida, espero que tenham gostado, não penso em postar uma continuação, por que isso a de pedir outras mais, e ainda quero publicar isso como livro um dia hahahaahah.Mais quem quiser que diga!
Criticas e elogios bem vindos abraço a todos.